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Com ONG, jovens voltam a ocupar o Pandiá - por Mário Lima Jr.


Foto: Reprodução
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Desta vez a ocupação do Colégio Estadual Pandiá Calógeras conta com a aprovação, inteligente, da direção da escola. Jhuly Anne e Christian Ferreira, duas lideranças do movimento de ocupação ocorrido em 2016, voltaram aos corredores e salas do Pandiá através do Instituto SUM, organização não governamental (ONG) criada pela dupla para atuar em projetos educacionais e de sustentabilidade ambiental.



Eles enfrentaram ameaças de morte por melhorias na educação. Ficaram doentes. Tiveram surtos psicóticos devido a pressão física e psicológica exercida por autoridades de todas as esferas e instituições de governo. Sofreram ataques que nenhum ser humano deveria sofrer, tudo isso antes de completarem 20 anos de idade. Quase sete anos depois e com a vida pela frente, os jovens que participaram da ocupação do Pandiá fizeram uma escolha que não chega a supreender: continuar lutando para que os direitos e deveres de cada cidadão brasileiro previstos na Constituição sejam respeitados, desde o direito à educação.


Em comum, Jhuly, Christian e os demais jovens que defenderam o Pandiá ocupado demonstram uma maturidade excepcional. Não há gosto pelo perigo, sede de desafiar poderosos ou vontade de fazer bagunça, isso é coisa de filme americano. Presidente e vice-presidente da ONG, Christian e Jhuly deixam claro uma ambição única: participar ativamente do processo de construção de uma cidade socialmente saudável, sonho que todo gonçalense tem o direito de sonhar.



Fundada mês passado, entre suas ações iniciais a SUM apoiará a criação de grêmios estudantis no Pandiá e participará do Desafio do Lixo, atividade regular de limpeza e recuperação da Praia das Pedrinhas. É um belo começo em direção às finalidades que constam do seu estatuto, entre elas contribuir com o desenvolvimento humano e disseminação de ideais sustentáveis.


A integração da SUM com a direção do Pandiá é tão estreita que a ONG estará presente no acolhimento aos novos alunos de 2023, semana que vem. Sinal de que pelo menos o Pandiá aprendeu que é necessário dialogar com a juventude quando se presta um serviço a ela. Diálogo mantido também com a Câmara de Vereadores de São Gonçalo através do mandato do vereador Romario Regis, parlamentar que melhor compreende a juventude de São Gonçalo na atual legislatura.


O Instituto SUM, nome de origem latina que significa ser, estar ou pertencer, começa seu trabalho ocupando São Gonçalo com determinação, articulação e seriedade, qualidades que já estão transformando nosso município em um lugar melhor.

 

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Mário Lima é escritor gonçalense.






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