Castro 'passa pano' para atuação da PM no caso dos jovens negros em Ipanema
Na avaliação do governador Cláudio Castro, não houve ato de racismo praticado pelos policiais
O governador Claudio Castro defendeu a atuação da Polícia Militar no episódio envolvendo um grupo de adolescentes filhos de diplomatas que foram abordados em Ipanema, na Zona Sul do Rio. Castro destacou ainda que não foi procurado por representantes do Ministério das Relações Exteriores e criticou a forma como o caso foi tratado pelo órgão.
Os meninos têm entre 13 e 14 anos. Três deles são negros e um outro é branco. Um é filho de uma assistente do embaixador do Canadá no Brasil e dois são filhos dos embaixadores do Gabão e de Burkina Faso. Os adolescentes, que moram em Brasília, estavam de férias no Rio com amigos brasileiros.
Na avaliação do governador Cláudio Castro, não houve ato de racismo praticado pelos policiais.
"Mas aquele policial, ele está ali como todos os outros que estão ali, estão procurando exatamente situações de jovens praticando delitos. É a maior reclamação dos bairros da Zona Sul. Então, quando você vê um grupo de jovens juntos andando e ali a pessoa ficou falando da questão de racismo, mas tinham jovens negros e brancos. Então, se houve algum erro, a corregedoria já está trabalhando, está investigando, mas a gente tem que ver que é o seguinte, é a maior reclamação daquele bairro ali é exatamente jovens que assaltam. É muito complicado para o policial saber se é filho de um diplomata, de um rico, se é alguém que está cometendo o delito ou não. Espero que por parte do Itamaraty, do Ministério, eles tenham mais respeito e mais consideração pela Polícia Militar"
Os policiais envolvidos na abordagem são investigados por injúria racial pela Polícia Civil. Nesta quarta-feira, os dois policiais militares da Unidade de Polícia Pacificadora do Vidigal que participaram da abordagem devem prestar depoimento. A polícia apura se houve racismo por parte dos PMs e os agentes terão que explicar, por exemplo, o motivo da ação.
A Polícia Militar declarou que a Corregedoria-Geral da corporação abriu uma apuração interna.
Os meninos já voltaram para Brasília, onde moram, e só vão depor ao Itamaraty com a presença de uma psicóloga. O Itamaraty apresentou um pedido formal de desculpas aos diplomatas.
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