Caso de Amor - por Rubenir Rubenir Pedro Ru
Bom dia, boa tarde, boa noite a todos que acompanham os fatos e fotos do Jornal Daki. Meu abraço especial e carinhoso!
Neste mês dos Santos Antônio, João e Pedro, lembrei-me das festas que na juventude tive a oportunidade de vivenciar nos arraiais da nossa querida São Gonçalo. Momentos esses que não me saem da memória. Um tempo que não volta mais. As fogueiras, comidas, bebidas, os doces típicos e as diversas diversões. As Famílias se juntavam, fechavam as ruas, enfeitavam com bandeirinhas, era um momento de compartilhamento. A noite as danças com as músicas de quadrilha davam ao encontro alegria e comemoração. Quem não se lembra do melado, do aipim e da batata doce assados, do quentão e do milho… delícias que se transformaram apenas em comércio…pena!
Não havia medo das bombinhas, estalinhos e fogos, sempre acompanhados da vigilância de mães e pais onde a meninada se divertia. Balões com lanterna, (hoje proibidos, e com razão), davam deslumbramento ao evento.
Nossas ruas não tem mais esse encanto e muito menos essa confraternização, hoje é tudo comércio, a confraternização se tornou palco de político, as ruas fechadas pelos moradores em um evento de alegria, agora está fechada por barricadas, os sons das bombinhas não são apenas em uma época do ano, idosos, crianças e pets sofrem os dozes meses do ano confundindo com os tiros de armas pesadas. As fogueiras se tornaram uma violência descomunal, carros e até ônibus queimam em vias públicas sem aviso prévio.
Tristeza em ver essa realidade.
A música e poesia dessa semana tem o título Caso de amor.
Me inspirei na minha mãe, que se alegrava nessa época do ano, me ensinando a ser um homem de bem, alegre e feliz.
Revendo um álbum antigo, um porta-retrato!
Caso de Amor
Ontem por acaso,
Mexendo em meus guardados.
Desfolhei um álbum antigo
Achei o seu retrato, o seu retrato
Ou,ou,ou, o seu retrato!
Fitando a fotografia,
Lembrei nosso passado
Do nosso amor
E das loucuras que fizemos
Lado a lado. Agarradinhos
Ou,ou,ou abraçados.
Mas como tudo que começa
Um dia chega ao seu final
E depois, depois
O que resta, é a lembrança
De um sorriso, de um momento original
Original!
Hoje me arraso, relembrando
Das suas cartas,
seu beijo no pape, marcado!
Seu perfume derramado
Seu jeitinho detalhado
Suas juras de amor
Ou,ou, que saudade
Mas como tudo que começa
Um dia chega ao seu final
E depois o que nos resta… bis
Rubenir Pedro Ru (1999/2023)
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Rubenir Rocha – Pedro Ru é Poeta Musical e membro do Coletivo ELA – Educação Liberdade para Aprender / Facebook e Instagram: Rubenir Pedro Ru. Programa Clarins do Povo – https://www.facebook.com/rubenir.pedroru