Carlos Bolsonaro elege a comida vegetariana como inimiga: 'pauta da esquerda'
Por Helcio Albano
O Carlos Bolsonaro quer acabar com o cardápio vegetariano nas escolas. É isso. O infeliz quer acabar com um programa alimentar sabidamente saudável porque é "uma pauta sequestrada pela esquerda".
O nível de estupidez em busca da lacração desses caras chegou a esse ponto em nome do "direito de escolha das famílias", justificativa esdrúxula presente no projeto de lei apresentado à Câmara do Rio que ainda nega as mudanças climáticas.
Confesso a você que quando li esse troço me deu uma angústia danada, seguida de engulhos que já podem ser sinais de estafa de quem acompanha e vive o mundo político de perto. Tudo é cada vez mais avassalador, pesado e perigoso.
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A extrema-direita - turbinada por frações religiosas neopentecostais - está decidida a implodir nosso modelo civilizatório baseado na razão, no convívio democrático e no respeito ao diferente. E faz isso com método. De forma deliberada a nos tirar do sério, com suas mentiras e absurdos; com tamanha desfaçatez argumentativa que chamam de "narrativa", que nada mais é do que um engodo pra interditar e tensionar permanentemente o debate público.
Um inferno.
O extremismo de direita avança. Suas linguagens e símbolos já vêm sendo normalizados e incorporados à paisagem política como se fossem inofensivos, ou até folclóricos. Ledo engano. Receio que, através de sua midioesfera exclusivista, o bolsonarismo esteja construindo uma hegemonia ideológica na sociedade por ora silenciosa.
Ou a gente, com firmeza, isola esses caras, ou vai dar muita merda.
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Helcio Albano é jornalista e editor-chefe do Jornal Daki.