Capitão Nelson deve responder à Justiça por preconceito religioso
- Jornal Daki
- 11 de nov. de 2022
- 2 min de leitura
Prefeito de São Gonçalo foi denunciado ao Ministério Público (MP) por membro da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa da OSB-RJ, Átila Nunes

Membro da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa da OAB-RJ, Átila Nunes, entrou com uma denúncia no Ministério Público do Estado contra o prefeito de São Gonçalo, Capitão Nelson, por improbidade administrativa. Átila questiona a falta de previsão de verbas para Semana da Umbanda no município de São Gonçalo, berço da religião de matriz afro-brasileira.
Caso a denúncia seja aceita, o prefeito deverá responder à Justiça.
Na denúncia, ele destaca que ao longo do ano o chefe do Poder Executivo Municipal ignorou o Princípio da Isonomia, citando como exemplos a destinação de verbas e instituindo comissões para a realização de eventos, entre eles a criação do Tapete de Jesus, Corpus Christi e Marcha Para Jesus.
“É preciso apurar se essa seleção não configura por si só a intolerância religiosa. Às vésperas do aniversário de 114 anos da Umbanda, celebrado em 15 de novembro, nenhuma ação está sendo planejada. Essa omissão do Poder Público local, diante dos gastos já publicados no Diário Oficial para a realização de eventos religiosos de outros segmentos é um descaso e fere o princípio da isonomia”, pontua Átila.
Em novembro de 2021 Átila já havia entrado com uma denúncia ao MP contra o prefeito por crime de preconceito religioso e improbidade administrativa. Neste caso envolvento verbas destinadas para a criação de museus religiosos na cidade.
A prefeitura tinha feito uma previsão de verbas para criação de museus de algumas religiões: Museu Católico, Museu Gospel e Museu da Umbanda. Só que o valor destinado para o da umbanda ficou um 1% da quantia prevista para cada museu cristão.
O Museu Gospel e o Museu Católico devem receber cerca de R$ 1 milhão, enquanto o da Umbanda apenas R$ 10 mil.
Com informações de Diário do Rio e Extra.
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