'Cagão': Dispara Braga Netto contra ex-comandantes do Exército e Aeronáutica que não aderirem ao golpe
Segundo Alexandre de Moraes, do STF, mensagens "evidenciaram a participação e adesão de Braga Netto na tentativa de golpe de Estado"
O general Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil e ex-candidato a vice na chapa de Jair Bolsonaro, chamou o então comandante do Exército, Freire Gomes, de “cagão” por não aderir ao movimento golpista do governo. Em diálogo com bolsonarista, ele compartilha um texto que acusa o então chefe da Força de “omissão e indecisão”.
A PF encontrou os ataques ao comandante em conversa de Braga Netto com Ailton Barros, militar e então candidato do PL nas eleições para deputado no Rio de Janeiro. No diálogo, de dezembro de 2022, ele encaminhou uma mensagem atribuída a um amigo que reclama de Freire Gomes.
Braga Netto foi um dos 33 alvos de operação de busca e apreensão da Polícia Federal nesta quinta (8). As mensagens constam na decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que autorizou as ações.
A “Operação Tempus Veritatis” ainda cumpriu quatro mandados de prisão preventiva e impôs 48 medidas cautelares, que incluem a proibição de contato entre os investigados, restrição de saída do país e suspensão do exercício de funções públicas.
Os principais alvos da ação de hoje são o ex-presidente Jair Bolsonaro; os ex-ministros Augusto Heleno, Anderson Torres e Paulo Sérgio Nogueira; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e os ex-assessores Marcelo Costa Câmara e Filipe Martins, que foram presos.
De DCM.
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