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Brasil renova plano de recuperação da vegetação nativa na COP16


Foto: Divulgação

O governo brasileiro apresentou a renovação do Plano Nacional de Recuperação da Vegetação Nativa (PLANAVEG) durante a COP16, realizada em Cali, na Colômbia. A nova fase do plano será executada de 2025 a 2028 e tem como meta restaurar 12 milhões de hectares até 2030.



Criado originalmente em 2017, o plano visa expandir e fortalecer políticas públicas, promover investimentos e desenvolver metodologias para a recuperação da vegetação nativa. Ele inclui oito eixos estratégicos: conscientização, produção de sementes e mudas, promoção de mercados em áreas de recuperação, melhoria dos mecanismos financeiros, fortalecimento da cooperação institucional, monitoramento, capacitação, pesquisa e inovação.


A Ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, comentou sobre a renovação do plano, destacando que, embora tenha sido criado por uma administração anterior, a atualização do PLANAVEG preserva os princípios centrais do plano original. Segundo ela, as políticas públicas devem continuar, mesmo que sejam atualizadas.


"Não é preciso reinventar a roda a cada novo governo. Precisamos atualizar. Proteger a biodiversidade, promover a recuperação e preservar áreas verdes são fundamentais. Mais importante ainda é promover o uso sustentável. O compromisso de restaurar 12 milhões de hectares não é apenas responsabilidade do governo; envolve entidades federais, a comunidade científica, a sociedade civil, o setor privado e agentes financeiros. Precisamos integrar esses esforços", afirmou.

Ela também enfatizou a necessidade de basear as políticas públicas em evidências, não apenas do conhecimento científico moderno, mas também do conhecimento tradicional das comunidades associadas aos recursos naturais.


Silva destacou a importância de cumprir os acordos firmados na COP15, realizada em Montreal, Canadá, em 2022. Naquela ocasião, foram estabelecidas 23 metas para “conter e reverter a perda de biodiversidade até 2030”, com a meta de proteger pelo menos 30% dos ecossistemas terrestres e aquáticos até 2030.


Ela acredita ser essencial repensar a arquitetura de financiamento global, incluindo o Fundo Global para o Meio Ambiente. A ministra também defendeu a inclusão de povos indígenas e comunidades tradicionais nas discussões sobre o uso do patrimônio genético. Silva também celebrou a redução no desmatamento na Amazônia desde que assumiu o cargo. Segundo ela, o bioma experimentou uma queda de 50% no desmatamento em 2023 e de 30% em 2024.


A ministra também mencionou que o Brasil utilizou sua presidência do G20—um grupo das 20 maiores economias do planeta—para implementar medidas e enfatizar a importância de preservar a natureza e combater o desmatamento. “Propusemos o mecanismo Florestas Tropicais para Sempre, que visa gerar um fluxo permanente de apoio financeiro para os países tropicais que conservam suas florestas em benefício de toda a humanidade”, declarou.


A COP16 é a Conferência das Partes organizada pela ONU, focada na biodiversidade. Este evento é frequentado por países signatários da Convenção sobre a Biodiversidade. A diferença com a COP de Mudança Climática, mais conhecida, é que esta última conta com países signatários do acordo de mudança climática da ONU.

*Com informações Brasil de Fato

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