Brasil deve adotar legislação rígida contra o terrorismo climático
Por Helcio Albano
As queimadas que secaram o Brasil são criminosas. Pelo menos a maioria delas, é o que constatam as polícias Federal e civis dos estados, além do Ibama e do ICMBio. Os atentados terroristas (assim devem ser encarados) são coordenados e visam desestabilizar o país economicamente para criar de modo artificial uma crise política que atinja o governo Lula às vésperas da COP 30 no Pará.
Eis a equação básica na cabeça dos terroristas piromaníacos ligados ao bolsonarismo e ao agro suicida. Essa ação autodestrutiva pode criar uma situação climática irreversível para o país, que tem como matriz energética as hidrelétricas e como pilar econômico a agroexportação de commodities, que dependem essencialmente da água: soja e milho.
LEIA MAIS
A estiagem prolongada, seguida de inundações (os tais eventos extremos), são uma catástrofe para a economia popular de alimentos, pois vão gerar escassez, que geram inflação e corrosão da renda, deslocamentos forçados, queda na atividade econômica, desemprego e, como consequência, o efeito "Mad Max" da violência.
Discute-se a criação de legislação rígida que combata o terrorismo climático. Além do aumento das penas de prisão para os criminosos, confisco de terras e inacessibilidade ao Plano Safra, devemos ir além. Criar uma estrutura legal de novo tipo, junto a uma Justiça Agrário-Climática, com juizado independente e célere em suas decisões em permanente "Estado de Defesa", já que a Constituição não permite estado de Lei Marcial.
O Brasil jamais foi atacado como agora. O que está em jogo é a sua existência.
Nos siga no BlueSky AQUI.
Entre no nosso grupo de WhatsApp AQUI.
Entre no nosso grupo do Telegram AQUI.
Ajude a fortalecer nosso jornalismo independente contribuindo com a campanha 'Sou Daki e Apoio' de financiamento coletivo do Jornal Daki. Clique AQUI e contribua.
Helcio Albano é jornalista e editor-chefe do Jornal Daki.