Bozo é Bob, Bob é Bozo: não se joga um amigo ao mar
Por Helcio Albano
O Bozo é um canalha. Todo mundo sabe que Bozo é Bob e Bob é Bozo, que agora tenta desesperadamente se desvincular do bandido depois do episódio de tiro e granada pra cima da PF ontem (23) em Levy Gasparian (RJ). O gado está louco, perdido, esperando o berrante de comando que não vem pra defender o seu mito.
O ex-deputado e presidente do PTB, Roberto Jefferson, carinhosamente chamado pelos amigos da máfia de Bob Jeff, é um bandido de extensa folha corrida. Começou a carreira ao lado de Wagner Montes no "Povo na TV" na antiga TVS. Ali já mostrava sua predileção por armas, que ostentava na cintura de um corpo de mais de 200 kg. Depois viria fazer bariátrica.
Em 1992, já deputado e com o PTB no bolso, participou da tropa de choque em defesa de Collor. Com filme queimado, submergiu na política até o "Mensalão" (2005), de triste memória para o PT, que até hoje paga um preço alto por entregar ao PTB cargos nos Correios, de onde eclodiu o escândalo. Jefferson foi preso acusado de se apropriar de R$ 4 milhões repassados pelo PT para pagar dívidas de campanha do PTB.
Oportunista, percebeu a onda bolsonarista e ofereceu o seu partido ao projeto autoritário que governa o país. O PTB tem nas suas fileiras, além do próprio Collor, figuras como Daniel Silveira e o inacreditável Padre Kelmon, que serviu de escada ao coisa ruim no debate da Globo no 1º turno. O próprio Bozo esteve no antro entre 2003 e 2005 quando o partido era base do governo Lula.
O mundo dá voltas, mas nada destrói a amizade de Bozo e Bob. Vem indulto por aí?
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Helcio Albano é jornalista e editor-chefe do Jornal Daki.