Bombeiros voltam à casa destruída por fogo em Realengo após novos focos de incêndio
Vizinho disse acreditar que chamas que atingiram o imóvel, na Rua Bandeira de Melo, foram criminosas

O Corpo de Bombeiros retomou os trabalhos em uma casa que pegou fogo em Realengo, na Zona Oeste, após novos focos de incêndio, na manhã desta quinta-feira (20). O imóvel de três andares, na Rua Bandeira de Melo, ficou totalmente destruído pelas chamas, que tiveram início na madrugada de quarta-feira (19). Segundo a corporação, a ação de prevenção foi finalizada às 12h58.
Segundo um vizinho, que preferiu não se identificar, o dono da casa tinha uma rixa antiga com vizinhos, por acumular objetos no terreno, que atraem ratos e insetos, e já teria sido ameaçado antes. "Ele é meio que um acumulador, já tem uma rixa com os vizinhos, já foi ameaçado algumas vezes. Ele trazia muita sujeira, por mais que seja um 'cara' tranquilo, ele tinha esses problemas", relatou.
O morador disse acreditar em incêndio criminoso, já que as chamas teriam começado do lado de fora do telhado da garagem - onde haveriam isopor, caixas de papelão, canos, madeiras e outros objetos - e não dentro do imóvel. "Da minha janela eu consigo ver tudo. Não quero ser prepotente, porque não posso confirmar, mas pelo que eu vi, pelo histórico do lugar e pelo que pareceu na hora, para mim pareceu 100% um incêndio criminoso, porque foi de fora para dentro, não de dentro para fora", apontou o morador.
O dono da casa, de 61 anos, morava sozinho no imóvel e passou a noite embaixo da marquise de um prédio próximo, após o incêndio. "Eu não vi nenhum assistente social procurar para saber se ele tinha onde morar, onde ficar, não vimos nada. Tem uma igreja muito grande do lado, ativa e ninguém 'bateu' no ombro do 'cara' para perguntar se ele estava precisando de alguma coisa. Ele está 100% desamparado".
Procurada, a Polícia Civil informou que, até o momento, não localizou registro do caso na delegacia da área. Em nota, a Defesa Civil Municipal disse que realizou uma vistoria no imóvel e os técnicos encontraram grande quantidade de lixo inflamável, tanto no interior, quanto na área externa do terreno. Como medida de segurança, o local foi interditado. Além disso, a Secretaria de Conservação foi acionada para a demolição da estrutura remanescente.
A Secretaria Municipal de Assistência Social informou que o morador vive sozinho e tem histórico de atendimento pelo Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) Aldaiza Sposati. "Apesar da oferta de acolhimento emergencial, houve recusa por parte do cidadão. A pessoa fica acolhida na casa de familiares, recebendo insumos emergenciais e o Cartão Protege SUAS para apoio à segurança alimentar".
*Com informações O Dia
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