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Bolsonaro viajou para os EUA para evitar prisão e esperar desfecho do 8 de janeiro, aponta PF


Avião com Bolsonaro deixa o aeroporto de Brasília. Foto: Reprodução

O relatório da Polícia Federal (PF) aponta que havia um plano detalhado para a fuga do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para os Estados Unidos quando a tentativa de golpe de Estado no final de 2022 não obteve êxito. No exterior, ele aguardaria o desfecho do 8 de janeiro de 2023.



O documento aponta que o plano foi criado em 2021, quando Bolsonaro atacou o Supremo Tribunal Federal (STF) e o sistema eleitoral nos discursos proferidos no dia 7 de setembro daquele ano.


Para a fuga no final de 2022, o planejamento foi adaptado. Ainda, de acordo com a PF, ele demonstra a persistência do grupo golpista em proteger o ex-presidente e garantir sua liberdade.


Segundo a PF, a fuga pode ter sido motivada pelo receio de prisão e pelo desejo de aguardar o desfecho dos atos golpistas de 8 de janeiro.

De acordo com a PF, o plano para Bolsonaro fugir "demonstra o nível de comprometimento de parte de sua base com a ruptura institucional". "A criação de uma rede de apoio militar para retirar o ex-presidente do país reflete o temor de que ele pudesse ser responsabilizado por seus atos após deixar o cargo."


A PF afirma que Jair Bolsonaro "efetivamente planejou, ajustou e elaborou um decreto que previa a ruptura institucional". O documento, que previa medidas extremas como a anulação das eleições de 2022 e a centralização do poder, tinha o objetivo de subverter o Estado Democrático de Direito e garantir a manutenção de Bolsonaro no poder.


Segundo o relatório, o plano não foi consumado devido à resistência do comandante do Exército, Freire Gomes, e da maioria do Alto Comando, que se mantiveram fiéis à defesa das instituições democráticas.


Esses militares recusaram-se a oferecer o suporte armado necessário para que o presidente concretizasse o golpe de Estado. A falta de apoio militar foi decisiva para impedir a execução do decreto, que, segundo a PF, já estava elaborado e ajustado por Bolsonaro.

*Com informações G1

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