Bolsonarismo demonstra cansaço e larga a mão de Bolsonaro
Por Helcio Albano
Vou falar com muita sinceridade. Atos que reúnem, ao menos, 4 bolsonaristas, já é formação de quadrilha e por isso nunca flopam. Digo isso no sentido trágico da coisa mesmo. Assim, os quase 33 mil reunidos neste domingo (21) em Copacabana em apoio ao seu mito está longe de ser um fracasso de público.
É muita gente ainda abraçada à estupidez, ao banditismo e a tudo de ruim que um ser humano possa oferecer. Assusta. Mas, analisando friamente, o evento de hoje, Dia de Tiradentes - solenemente ignorado, aliás - revela pela primeira vez cansaço e perda de força do bolsonarismo nas ruas, justamente no seu berço, o Rio de Janeiro.
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O ato puxado novamente pelo (ex)pastor Malafaia trouxe a mesmíssima pauta da micareta golpista de São Paulo: pau no Xandão. Pode se fazer uma analogia a tal movimento ousado ao pôquer.
Malafaia em fevereiro fez uma aposta alta e perigosa, mas levou na Paulista. Assoberbado, pediu mais uma rodada, agora em "casa", acreditando que Musk lhe daria o "Ás" necessário para formar um "Royal Flush" e quebrar a banca.
Quebrou foi a cara. Blefou com uma mão que não tinha e com um povo que compareceu bem abaixo do esperado. E Xandão agora fica livre para "limpar" a mesa.
Os inquéritos conduzidos pela PF contra o verme devem começar a ser concluídos concomitantemente a partir de julho/agosto.
E se o coisa ruim e toda a sua choldra de bandidos esperavam emparedar STF e Congresso para inventar-lhe uma anistia e escapar da prisão, o dia de hoje mostrou que isso não vai rolar.
O próprio bolsonarismo já largou a mão de Bolsonaro...
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Helcio Albano é jornalista e editor-chefe do Jornal Daki.
