Assassinato de João Pedro completa dois anos sem solução
- Jornal Daki
- 19 de mai. de 2022
- 2 min de leitura
Três policiais são réus pelo crime. Mãe clama por Justiça

Em 18 de maio de 2020 o adolescente João Pedro de Matos Pinto, 14 anos, foi baleado e morto dentro da casa de familiares, no bairro de Itaoca, em meio a uma operação da Polícia Civil para prender Antônio Ilário Ferreira, o Rabicó.
Investigações da Polícia lideradas pelo Ministério Público Estadual (MPRJ) chegaram a três policiais civis apontados como responsáveis pela morte do adolescente: Mauro José Gonçalves, Maxwell Gomes Pereira e Fernando de Brito Meister são réus por homicídio qualificado, na 4ª Vara Criminal de São Gonçalo.
“A gente continua na mesma. Essa questão de viver o luto continua porque fica essa espera por justiça. Claro que tivemos conquistas grandes, como que o Ministério Público fizesse o papel dele de denunciar e agora estamos aguardando a Justiça se manifestar”, afirmou Rafaela Coutino Matos, mãe de João Pedro, em entrevista concedida ao jornal A Tribuna.
Na mesma entrevista, Rafaela disse que continua recebendo apoio apenas dos profissionais da Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro (DPRJ) que acompanham a família desde o crime. Uma das críticas feitas por ela é que, mesmo depois de tanto tempo, sequer a audiência de instrução do processo foi realizada. Os acusados respondem em liberdade.
A defesa dos acusados, por sua vez, tenta provar que os agentes estariam em perseguição a criminosos que teriam se escondido na casa onde o jovem estava na companhia de parentes e que os policiais foram atacados de dentro da residência.
O MP afirma que os acusados tentaram de modo fraudulento mudar o local do crime com a intenção de criar vestígios de suposto confronto com criminosos.
A denúncia oferecida à 4ª Vara Criminal da Comarca de São Gonçalo (Tribunal do Júri), descreve que o crime foi cometido por motivo torpe, pelo fato de os denunciados presumirem haver criminosos no local, pretendendo agir ofensivamente para matá-los mesmo sem que houvesse, de fato, qualquer reação armada ou resistência à sua atuação, e com o emprego de recurso que dificultou a defesa da vítima, uma vez que, os denunciados, além de haverem ingressado inesperadamente no terreno do imóvel onde se encontrava a vítima, com irrestrita superioridade de meios e recursos.
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