As primeiras fake news a gente nunca esquece
Por Rofa Araújo
Hoje em dia, infelizmente, parece a moda da fake news está que presente em nossa sociedade e no mundo em geral. E quem pensa que é algo novo está redondamente enganado.
Desde a infância podemos lembrar o quanto sofríamos com diversas promessas não cumpridas de nossos pais: “Vamos lá resolvemos outra coisa e voltamos na loja para comprarmos seu brinquedo” – dizia a mãe ao filho ao pegar um carrinho ou boneca nas mãos. Puro fake news!
“Vem cá que quero só falar um negócio” – dizia o pai ou a mãe com um chinelo escondido para dar chinelada no filho por uma arte cometida. Puro fake news!
“Não dói nada. Depois vamos comprar um sorvete para você” – diziam os pais ao levar para tomar vacina de agulha que doía muito. Puro fake news!
E assim passamos pela vida aprendendo essas e outras promessas não cumpridas pelos pais que inventavam cada uma para não falar a verdade na hora e ainda por cima ainda causava dor com vacinas, palmadas ou choro por não comprar o brinquedinho tão desejado.
E as fake news evoluíram a passaram a viralizar via redes sociais sobre algo totalmente inverídico e que até mesmo causa mal a uma ou milhares de pessoas, o que é feito e maneira inocente por acreditar ou descaradamente sabendo ser mentira, mesmo assim é repassado por viés ideológico ou político.
Se “as primeiras fake news a gene nunca esquece”, como citamos algumas aqui, e as últimas? Lembramos do que estamos passando adiante ou sequer nos importamos com isso? É preciso certo grau de responsabilidade no que andamos repassando via redes sociais, em especial, WhatsApp, Instagram e Facebook. É cada notícia absurda que de cara mais parece invencionice do que verdade. Ou será que muita gente não percebe isso?
O significado literal de fake news: “notícias falsas, informações mentirosas” ou como alguns fazem é substituir a expressão por “desinformação”. Como pode alguém disseminar algo assim e ainda achar que é algo normal e ainda confundir com a famosa “liberdade de expressão”? Mentir deliberadamente agora é direito?
Desinformar alguém é confundir e não ajuda em nada agir dessa forma, pelo contrário, estamos é contribuindo negativamente com a sociedade e nos enquadrando como coniventes ou o próprio criminoso.
Bill Gates, dono da Microsoft disse: “É nossa responsabilidade como cidadãos críticos verificar e combater as fake news”. E não é a mais ura verdade? Como pode alguém agir como se fosse extremamente normal espalha algo mentiroso mundo afora?
Mark Zuckerberg, CEO da Meta, controladora das redes sociais mais utilizadas Facebook, Instagram e WhatsApp, disse: “As redes sociais amplificaram o problema das fake news, exigindo uma resposta urgente”. Qual tem sido a melhor resposta? Ignorar ou chamar isso de censura ou se policiar para não agir como conivente? Tem muita gente achando tudo muito normal e não se importando muito com suas atitudes e, sim, com a da maioria, esteja certo ou não.
Encerramos com a ótima reflexão de Antônio Guterres, Secretário-Geral da ONU: “A desinformação é uma ameaça global que requer cooperação internacional para ser combatida”.
Vamos combater toda e qualquer “fake news” aprendidas desde a infância? Cada um fazendo a sua parte, chegaremos juntos à vitória contra esse grande mal dos tempos atuais!
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Rofa Araujo é jornalista, escritor (cronista, contista e poeta), mestre em Estudos Literários (UERJ), professor, palestrante, filósofo e teólogo.