Após “efeito” Trump, chanceleres do Mercosul se reúnem na Argentina

Encontro informal de chanceleres na Argentina ocorre em meio às incertezas provocadas pela guerra comercial de Trump

Foto: Reprodução

A Argentina sedia uma reunião informal dos chanceleres do Mercosul nesta sexta-feira (11/4). O encontro na sede da diplomacia argentina, o Palácio San Martín, não consta no calendário oficial do bloco.

Além dos ministros das Relações Exteriores da Argentina, do Brasil, Uruguai e Paraguai, membros fundadores do Mercosul, o chefe da diplomacia da Bolívia participará do encontro. Isso porque os bolivianos estão em processo para entrar no bloco como membro pleno.

O Itamaraty confirmou a presença do chanceler brasileiro, Mauro Vieira, na reunião.

O chefe da diplomacia da Argentina, Gerado Werthein, adiantou que as discussões se centrariam no futuro do Mercosul, assim como nos desdobramentos da incerteza comercial provocada pelo tarifaço de Donald Trump. Ele ainda demonstrou esperança de conseguir “acordos convenientes” para o país governado por Javier Milei, que atualmente ocupa a presidência do grupo.

Desde que assumiu a presidência argentina, Milei tem sinalizado que pode retirar a Argentina do Mercosul, com o objetivo de buscar maior cooperação internacional com os Estados Unidos.

Uma das principais reclamações do mandatário da Argentina é uma regra do bloco, na qual está estabelecido que os países do Mercosul devem negociar acordos comerciais em grupo.

Em nota conjunta, os chanceleres do bloco afirmaram que ficou acordado o “compromisso com o fortalecimento e a unidade” do Mercosul durante o encontro na Argentina. Além disso, as discussões envolveram temas como a modernização do bloco, e formas de aproveitar oportunidades dentro dele diante de uma conjuntura internacional cada vez mais “desafiadora”.

Uma medida concreta também foi adotada na reunião. Os países membros decidiram ampliar, de forma temporária, a Lista de Exceções à Tarifa Externa Comum (Letec). O instrumento permite que os membros do Mercosul adotem tarifas de importação diferentes das taxas fixadas pelo bloco.

*Com informações Metrópoles

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