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Após 6 dias em greve de fome, Planalto entra nas negociações no caso Glauber

Para evitar cassação do mandato, ministros entraram em contato com o presidente da Câmara dos Deputados

Glauber Braga/Foto: Reprodução
Glauber Braga/Foto: Reprodução

A ministra dos Direitos Humanos, Macaé Evaristo, visitará o deputado Glauber Braga (foto), nesta segunda-feira, durante a sua greve de fome. É um indício de que o Planalto já se movimenta pelo rápido desfecho do caso, com a absolvição de Glauber. Desde a semana passada, ministros entraram em contato com o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, pelo início da greve de fome iniciada pelo parlamentar. Ele é alvo de um processo de cassação por agredir um militante do MBL na Casa Legislativa.


De acordo com membros do PSOL, partido de Glauber, Motta não tem atendido a telefonemas para tratar do tema. Até mesmo o líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias, e a ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, teriam sido ignorados em seus apelos. O PSOL vai entrar com um recurso na CCJ da Câmara contra o voto positivo da Comissão de Ética, pela cassação. A defesa de Motta cogita acionar o STF sobre o tema.


E é aí que entra o suposto papel de Motta, sobre o qual o PSOL faz acusações. Na última quinta, data em que o Conselho de Ética aprovou o parecer pela cassação do PSOLista, um acordo alinhavado pelo próprio Motta para que as sessões em plenário começassem às 16h30 foi desrespeitado, dando tempo para que o colegiado votasse. 



Em paralelo, foi anunciado que nesta semana a Câmara só terá sessões remotas, o que esvazia a Casa e diminui o poder de mobilização sobre o caso. Desde ontem, Glauber iniciou uma greve de fome, no plenário da Comissão de Ética, e promete estender até o final do processo. Em resposta, o PSOL convocou um ato o dia 24, na Cinelândia.


O motivo da atitude de Motta, dizem os PSOListas, não seria uma briga direta entre eles, mas, sim, o passado de brigas entre Glauber e o ex-presidente da Câmara, Arthur Lira. O alagoano é justamente o padrinho de Motta na presidência da Câmara. A aliados, Motta já teria sinalizado que não vai se mover para manter Glauber no cargo, já que o parlamentar teria “colecionado inimigos” no plenário. A resposta esfriou de vez as esperanças da legenda, que decidiu obstruir a pauta do plenário como forma de protesto. 


São necessários 257 votos em plenário para cassar o mandato

O processo que pode culminar na cassação de Glauber Braga agora será encaminhado ao plenário da Câmara, onde precisará de pelo menos 257 votos favoráveis para ser confirmado. Nos bastidores, há o reconhecimento de que o deputado enfrenta forte resistência entre seus pares — inclusive fora da oposição.


Mesmo assim, o PSOL articula novas estratégias jurídicas e políticas. O partido estuda entrar com recurso na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e, se necessário, acionar o Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar reverter a decisão.


Glauber Braga, conhecido por sua atuação combativa e confrontos frequentes com colegas e membros do governo, ainda não se pronunciou publicamente após a votação. Aliados, no entanto, classificam a medida como “perseguição política” e prometem continuar mobilizados para defender o mandato do deputado.


Via Agenda do Poder.

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