Apartheid: escola de Santa Catarina coloca crianças negras numa sala e brancas em outra
Ao visitar escola em Santa Catarina, vereador diz ter ficado em choque com o que viu: crianças sendo separadas em turmas distintas com base na cor da pele

Em São João Batista, Santa Catarina, uma denúncia de segregação racial no Núcleo Infantil Cebolinha gerou intenso debate na comunidade local.
O vereador Teodoro Adão (MDB) afirmou que, durante uma visita à instituição, observou que as crianças estavam sendo separadas em turmas distintas com base na cor da pele. Segundo o parlamentar, uma sala era composta majoritariamente por alunos negros, enquanto outra contava apenas com crianças brancas.
“Estamos em um mundo onde todos devem ser respeitados. Aquilo foi um choque para mim. Tenho filhas negras. Quando cheguei a esta cidade, há 20 anos, havia poucas pessoas. Hoje, somos um polo industrial e recebemos pessoas de todos os lugares”, disse o político. “Ali é a educação. Não podemos dividir raças. Temos que tratar todos como iguais. Isso é inaceitável”, continuou.
A denúncia surgiu após reclamações de pais, que relataram desconforto com a organização das turmas. Em resposta, a Secretaria Municipal de Educação de São João Batista emitiu uma nota oficial negando veementemente qualquer ato discriminatório na instituição. A pasta afirmou que a distribuição das turmas foi realizada de forma aleatória, sem qualquer tipo de discriminação, e que as acusações são infundadas.
A comunidade local permanece dividida. Alguns moradores apoiam a denúncia do vereador, enquanto outros confiam na versão apresentada pela Secretaria de Educação. O caso trouxe à tona discussões sobre igualdade racial e práticas educacionais na região.
Até o momento, não há informações sobre a abertura de uma investigação formal para apurar os fatos. A situação destaca a importância de um diálogo transparente entre autoridades, educadores e a comunidade para garantir um ambiente escolar inclusivo e respeitoso para todas as crianças.
Nos siga no BlueSky AQUI.
Entre no nosso grupo de WhatsApp AQUI.
Entre no nosso grupo do Telegram AQUI.
Ajude a fortalecer nosso jornalismo independente contribuindo com a campanha 'Sou Daki e Apoio' de financiamento coletivo do Jornal Daki. Clique AQUI e contribua.