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Além de elogiar militares por massacre de palestinos, ministro de Netanyahu pede fim de ajuda humanitária

Os Estados Unidos pediram “respostas” de Israel após a matança

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e o ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir. Foto: Reprodução
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e o ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir. Foto: Reprodução


DCM - O ministro da Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben-Gvir, elogiou a atuação de militares que promoveram massacre contra palestinos que buscavam comida nesta quinta (29) e defendeu o fim do envio de ajuda humanitária à população de Gaza. Ele é conhecido como um dos membros mais radicais do gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.


“Deve ser dado apoio total aos nossos heroicos combatentes que operam em Gaza, que agiram de forma excelente contra uma multidão de Gaza que tentou prejudicá-los”, afirmou Ben-Gvir por meio do X (ex-Twitter) após o massacre que deixou ao menos 104 mortos e 760 feridos.


Ele pede o fim do envio de ajuda humanitária a palestinos desde o início do conflito e já defendeu que Israel bloqueasse todo auxílio a Gaza até que o Hamas fosse considerado derrotado. Após o novo massacre, ele afirmou que é uma “loucura” permitir a entrada de suprimentos.


“Hoje ficou provado que a transferência de ajuda humanitária para Gaza não é apenas uma loucura enquanto os nossos raptados estão detidos na Faixa em condições precárias, mas também põe em perigo os soldados das FDI [Forças de Defesa de Israel, como são chamadas localmente as Forças Armadas do país]”, prosseguiu, alegando que o envio de ajuda humanitária serve para “dar oxigênio ao Hamas”.


Ben-Gvir é conhecido por ter ligação com o partido extremista Kach, considerado terrorista pelos Estados Unidos e banido de Israel década de 1990.


Os Estados Unidos pediram “respostas” de Israel após o massacre. O porta-voz do Departamento de Estado do país, Matthew Miller, afirmou que o governo americano vai exigir que os israelenses autorizem pontos de acesso e “uma distribuição segura e com garantias dessa ajuda em toda a Faixa de Gaza”.


Militares israelenses alegaram que dispararam contra os palestinos em resposta a “uma ameaça representada pela multidão” e um porta-voz do governo israelense sugeriu que as vítimas teriam sido mortas pelos caminhões que levavam ajuda humanitária, que teriam colidido com a multidão após os disparos.


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