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Foto do escritorJornal Daki

Alvo de operação na Penha, traficante Doca orquestra invasões sangrentas em comunidades do Rio



Foto: Divulgação


Entre os alvos da megaoperação no Complexo da Penha, desta terça-feira (3), estava Edgar Alves de Andrade, o 'Doca' ou 'Urso', de 54 anos, e Juan Breno Malta Ramos Rodrigues, o 'BMW'. Eles são considerados traficantes do alto escalão no Comando Vermelho. A dupla segue foragida. Ao todo, um suspeito morreu, seis pessoas ficaram feridas e 13 foram presos.

Um dos criminosos mais procurados do Rio, Doca, que batizou a sua quadrilha como 'Tropa do Urso', não foi encontrado pelas polícias Militar e Civil na operação de hoje. Com 24 mandados de prisão em aberto, o bandido era um dos principais alvos da operação. Velho conhecido da segurança pública do Rio de Janeiro, Edgar Alves está à frente, segundo as investigações da Civil, de dezenas de invasões sangrentas em comunidades do estado nos últimos três anos. 


Doca também possui um mandado de prisão pelo desaparecimento de três meninos em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, em 2021. No inquérito, uma testemunha afirmou que ouviu de Wille de Castro, o 'Stala', um dos executores, dizer que tinha permissão de Doca para cometer o crime. 'Stala' foi morto pelas mãos do próprio Doca, após o caso ganhar repercussão nacional. Ele também teria torturado e assassinado outros envolvidos no crime. 


Na mesma época em que houve a morte dos meninos de Belford Roxo ocorreu o feminicídio de Bianca Lourenço, 24 anos, na Penha. A polícia descobriu que ela foi morta pelo ex-namorado, Dalton Vieira Santana, traficante subordinado a Doca. Ele matou Bianca por ela não querer mais o relacionamento. A jovem foi torturada antes de morrer, após visitar uma amiga na comunidade.


Segundo a Justiça, Doca é apontado como responsável por ter autorizado o assassinato e fornecer as informações para o crime ser realizado. O traficante Doca também chegou a ser investigado pelo rapto do helicóptero, em setembro de 2021, que pretendia resgatar presos de Bangu.


Doca e Juan Breno Malta, o BMW, também aparecem nas investigações do caso dos médicos executados na Barra da Tijuca, em outubro de 2023. Eles teriam ordenado a morte dos criminosos que mataram por engano os médicos. Os corpos dos suspeitos foram abandonados dentro de um carro na Zona Oeste do Rio.



*Com informações O Dia

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