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Aluna perde todo o dinheiro da formatura com Jogo do Tigrinho

Foto do escritor: Jornal DakiJornal Daki

Mulher encaminhou mensagens aos formandos explicando situação. Ela era presidente da comissão de formatura e disse que se viciou em 'apostas on-line, Tigrinho e afins'

Foto: Arquivo pessoal
Foto: Arquivo pessoal

A estudante de direito denunciada pelos colegas de turma por usar todo o dinheiro arrecadado para formatura em apostas on-line, como o Jogo do Tigrinho, avisou aos formandos que perdeu o valor faltando menos de um mês para a festa. O caso ocorreu em Chapecó, no Oeste de Santa Catarina. A Polícia Civil afirmou que atua em duas frentes de investigação e que vai ouvir os envolvidos.



A formatura estava marcada para 22 de fevereiro. Em 27 de janeiro, Cláudia Roberta Silva, presidente da comissão de formatura, encaminhou mensagens aos colegas contando a situação.


"Eu perdi todo o dinheiro da formatura. Me viciei em apostas on-line, Tigrinho e afins, e quando perdi todo o dinheiro que eu tinha guardado, comecei a usar o da formatura para tentar recuperar. E aí, cada vez mais fui me afundando no jogo", disse.


Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

Após encaminhar as mensagens, a mulher ficou incomunicável. A Polícia Civil afirmou que os formandos passaram a tentar contato com a suspeita, que parou de atender aos colegas e, aparentemente, saiu da cidade para destino desconhecido.


Procurada, a defesa da investigada disse que todas as medidas judiciais para recuperação dos valores são tomadas e que ela pretende ressarcir os colegas. Também afirmou que a cliente aguarda ser chamada para prestar os esclarecimentos à polícia.


Alunos foram procurados pela empresa


Uma das vítimas, Nicoli Bertoncelli Bison, 23 anos, contou que a empresa contratada para fazer a formatura chamou os estudantes em um ultimato, em janeiro deste ano, para receber o pagamento.


Nicoli afirmou que a suspeita sempre pareceu engajada na organização da formatura. "A gente não desconfiou de nada porque, desde o início, ela sempre foi muito assim: 'vou atrás, vou fazer'", contou.


Os formandos registraram um boletim de ocorrência em 6 de fevereiro. Segundo a Polícia Civil, 16 alunos da Unidade Central de Educação Faem (UCEFF) contribuíram por três anos para reunir o valor. Eles informaram que dinheiro foi dividido da seguinte forma:


  • R$ 78.992,00 - valor total da formatura;

  • R$ 2.000,00 - pago à empresa responsável pela formatura ao fechar contrato;

  • R$ 76.992,00 - valor que deveria ter sido pago para empresa em dezembro de 2024.


Em nota, a Nova Era Formaturas afirmou que não possuía qualquer responsabilidade sobre a arrecadação, administração ou guarda dos valores destinados à realização do evento e destacou que em nenhum momento o dinheiro esteve sob a administração ou custódia da empresa.


"Está envidando todos os esforços necessários para, em conjunto com os estudantes, viabilizar a realização dos eventos de formatura, de modo a minimizar os impactos do ocorrido e garantir que este momento tão aguardado seja, enfim, concretizado", informou a empresa (íntegra no fim do texto).


*Com informações G1


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