Alguém se lembra do tiroteio na Avenida Brasil?
Por Helcio Albano
Ontem (24), como você sabe, houve tiroteio na Avenida Brasil. Um trabalhador que dormia indo (ou voltando?) pro trabalho levou um tiro de fuzil na cabeça e morreu. João, Washington, Renato... Quem se importa? Outros tantos foram baleados e hoje o noticiário é outro. O carioca médio já internalizou a violência e duvido que viva sem ela; sem essa adrenalina gostosa de viver no fio da navalha dentro de uma guerra onde a qualquer momento: pow! Se morre ou se tem o "livramento". Donde vem aquela sensação gostosa de "sobrevivi". "Graças a Deus!" E tome 22 de novo na urna. Porque mesmo esses caras no poder há 500 anos, há sempre a quem culpar pelo estado de coisas que eles próprios criaram e se esforçam pra manter tudo como está. Ah, ontem teve tempestade? Ficou sem luz, alagou sua casa? Fez aquele vídeo no "revolts" e postou na sua rede social xingando deus e o mundo? Relaxa. Mais tardar a luz volta e a água baixa. Chama a galera pra esfregar o chão e tomar aquela cerva gelada porque é dia de jogo. No meio do convescote tem sempre aquele que vai contar uma história engraçada com o jacaré que saiu do valão no meio da enxurrada. Tudo vira troça. Sabe como é. E sabe aquela parada dos órgãos infectados com HIV? O governador mandou avisar que demitiu um monte, que vão responder civil e criminalmente, junto com os donos da empresa que faturou R$ 11 milhões em contratos. É só colocar outra empresa no lugar até acontecer outro escândalo. E assim o ErreJota vai; nunca, jamais, enfrentando as causas. Ah sim, tem sempre o espantalho da vez pra culpar.
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Helcio Albano é jornalista e editor-chefe do Jornal Daki.