Agressão à grávida por bolsonaristas no Mutondo é notícia no Brasil e no mundo
Mulher agredida é da campanha de Dimas Gadelha (PT): "Vamos vencer o ódio e a violência nessas eleições", afirmou o candidato
Por Rodrigo Melo
A vergonhosa agressão sofrida por uma mulher grávida miltante do Partido dos Trabalhadores por bolsonaristas foi notícia no Brasil e no mundo. O caso ocorreu na última quinta-feira (22) durante os preparativos de um show em comemoração aos 132 anos do município de São Gonçalo, que aconteceria na altura do número 407 da Av. Jornalista Roberto Marinho (antiga Av. Maricá) no Mutondo.
De acordo com relatos de testemunhas da agressão, publicados nos principais jornais do país e pela imprensa internacional que acompanha as eleições no Brasil, houve desentendimento entre apoiadores do candidato a deputado federal Dimas Gadelha (PT) e dos candidatos do PL bolsonarista ao governo do estado, Cláudio Castro, a deputado federal, Altineu Côrtes e a estadual, Douglas Ruas (PL).
Na confusão, a gestante que panfletava para o petista foi empurrada em direção à rua e atropelada por um caminhão-reboque da Prefeitura que dava apoio ao evento. O vídeo da mulher deitada no chão viralizou nas redes sociais e já ultrapassou 15 milhões de visualizações.
Num evento de campanha em São Paulo realizado nesta terça (27), Lula repudiou a agressão sofrida pela mulher em São Gonçalo chamando atenção para os atos de violência de bolsonaristas contra petistas ocorridos neste ano, responsabilizando diretamente o presidente da república:
"Bolsonaristas atacaram uma mulher grávida a porrada em São Gonçalo, no Rio de Janeiro. Já mataram três ou quatro porque o bolsonarismo representa uma parte daquilo que a gente pensava que não existia. A gente tinha pensado que a direita tinha ficado civilizada. Agora, nós temos um presidente que não distribui um livro do Ensino Médio, mas está distribuindo armas que abastece o crime organizado", disse Lula. A presidente do PT, Gleise Hoffman, também se manifestou em repúdio ao episódio.
Imediatamente após saber do ocorrido, Dimas Gadelha subiu no carro de som para exortar a militância a não cair e provocações bolsonaristas. Sem, no entanto, se intimidar com ameaças:
"Peço calma a todos. O que eles querem é nos provocar pra que a gente perca a cabeça e a razão. Não vão conseguir que a gente caia nessa armadilha e muito menos nos intimidar. Vamos vencer o ódio e a violência nessas eleições", falou Dimas aos apoiadores.
A mulher - que terá a identidade preservada por razões de segurança - e o bebê foram atendidos pelo Samu e passam bem.
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