A vitória de Trump e o balaio do 'deep state yankee'
Por Helcio Albano
Trump venceu. E isso quer dizer que o tal "destino manifesto" da "America Great" agora está na cavalgadura alucinada de um sociopata fascista. Mas se queres algo que sirva de consolo, eu digo: ele não fará nada além do que já faz e apregoa o "deep state" aos lacaios de plantão da Casa Branca.
E quem é o deep state? São os conglomerados da indústria bélica, bancos, fundos de investimentos e big techs estadunidenses que controlam todos os dados produzidos no Ocidente. É o que chamamos de império. E com as garras cada vez mais de fora e afiadas.
Os EUA bancam o genocídio sionista em Gaza e a cara nem cora. Assim como o fazem no Líbano, incitando o Irã a entrar na briga até virar um conflito generalizado no Oriente Médio onde pouco deve sobrar além de escombros. A oeste dali, a Ucrânia aceitou de bom grado o papel de joguete nas mãos do Tio Sam contra a Russia. A leste, Taiwan pisca perigosamente pra os yankees contra a mãe China.
Os EUA aboliram a diplomacia. Ou melhor, aplicam-nos uma outra: a do permanente tensionamento contra nações, mesmo que considerada ilegal pela ONU. É o que por exemplo fazem através de sanções econômicas com Cuba, Russia e Venezuela. Às favas o Direito Internacional. E mais às favas ainda a soberania dos países.
Há um temor generalizado de que Trump agora se volte contra o Brasil, associado ao bolsonarismo - entreguista em essência. É bem provável. Mas os motivos de uma pretensa intervenção ilegal e imoral no país não terá nada a ver com liberdade, democracia e quetais. É o Brics, estúpido!
E a sobrevida do dólar como única moeda transacional no mundo.
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Helcio Albano é jornalista e editor-chefe do Jornal Daki.
