A revolução não será televisionada, por Rafael Abreu
O título desse texto, foi retirado de um documentário marcante produzido por jornalistas irlandeses em 2003.
Esse documentário é muito interessante e vale a pena vocês assistirem, para compreenderem o que ocorreu e ocorre na Venezuela. Esse documentário premiado, retrata a visão dos jornalistas europeus, uma visão real e fiel dos fatos, diga-se de passagem, para com o golpe que os EUA empregou inúmeras vezes a Hugo Chaves e a soberania Venezuelana.
O Maduro sofre até hoje com as sabotagens da CIA e com os embargos econômicos aplicados aquele país que é o maior produtor de Petróleo do mundo.
Os Estadunidenses aliás, são uma espécime de nação predatória.
Eles sugam todos os recursos naturais dos países ditos "subdesenvolvidos", na verdade eu tenho muita vergonha disso.
Essa palavra é muito forte e vem carregada de sentidos e duplos sentidos.
O fato é que o nosso Brasil tem potencial para ser o grande protagonista das Américas e de subdesenvolvido, nós só temos o nosso sistema educacional, político e jurídico.
Na minha concepção, o nosso país tem muita riqueza, grandeza além de muitos recursos e uma cultura forte e contagiante.
É por essas e outras que somos constantemente sabotados pela elite brasileira que não tem amor pela nossa Pátria e tem uma eterna síndrome de "vira-lata".
Sempre que tentamos implantar um governo mais social e mais humanitário em nosso país ou em algum desse países americanos, somos sabotados por eles.
Aqui tem muita terra improdutiva, muita casa sem gente e muita gente sem casa.
Muita biodiversidade, natureza exuberante, Amazônia, o Aquífero Guarani, o Pré-Sal, a Vale, a Eletrobrás, a Embraer, o Banco do Brasil, Correios, Caixa entre outras instituições e estatais que são verdadeiras gigantes do setor.
Estatais valiosíssimas ao capital, que constantemente a direita tenta privatizar a qualquer preço.
Na Venezuela houve resistência e retaliação, no Equador também houve revolta, na Argentina o candidato da Esquerda Socialista e Progressista é o que será eleito.
No Chile estamos presenciando o começo da Primavera Socialista Americana.
O povo Chileno e desses outros países Sul-americanos estão nas ruas hoje, devido a política econômica adotada pelos seus chefes de Estado, uma política econômica Neoliberal.
Pelo nome, você pode até pensar que é algo bonito e cheiroso, mas na verdade não passa de uma grande bosta fedida, maquiada pelos capitalistas para continuar nos escravizando e explorando nossa mão de obra e recursos naturais.
O povo americano não aguenta mais tanta opressão, sabotagem e exploração por parte do imperialismo estadunidense.
Economias neoliberais retiram direitos, precisam de escravos e da mão de obra barata para obter um lucro excessivo mediante a exploração do homem e para manterem os seus privilégios.
O EUA não estão nem aí para crise humanitária, isso é papo furado.
Está rolando uma das piores crises humanitárias do mundo no Haiti, e até agora nada dos EUA. Sabe por quê?
Por que no Haiti não tem Petróleo. Simples assim.
O Capitalismo selvagem e essa política econômica liberal, para sobreviver e fazer com que apenas 1% da população tenha direitos e privilégios, ela necessita escravizar, explorar e gerar miséria.
Percebam que a elite luta o tempo todo e financia a propaganda pró-golpe, pró-reformas e pró-privatizações.
Com o único intuito de privatizar para enfraquecer e diminuir o estado.
Fazendo assim, com que milhões de pessoas fiquem desassistidas de programas básicos como direito a moradia, a alimentação digna, a educação, ao mercado de trabalho e a saúde.
Esse câncer da política mundial que atende pelo nome de Neoliberalismo econômico, é o maior causador da violência, da miséria e da desigualdade em nosso continente.
Digo isso por que toda pauta pública, passa pelos meios econômicos.
A Venezuela, a Argentina, o Equador e agora o Chile estão respondendo e defendendo os seus direitos, mas por aqui continuamos assistindo a tudo calado como mero telespectadores.
América do Sul está pegando fogo e o povo brasileiro só pensa e comenta sobre futebol, vamos ver até quando.
Rafael Abreu faz análise de conjuntura política nacional todas as quartas no Jornal Daki.