A 'meta' agora é falar o que bem entende, como suposta 'liberdade de expressão'
Por Rofa Araújo
A recente decisão do CEO da Meta, Mark Zuckerberg de abolir o controle de certas postagens em tempos de crescente fake news contra tudo e contra todos, levam a tecnologia das redes sociais a um caminho totalmente sem precedentes e imprevisível resultado.
As redes sociais têm se tornado cada vez mais uma “terra sem lei”, onde por uma suposta “liberdade de expressão” virou motivo para agredir, desrespeitar, propagar racismo, ódio e muitas mentiras. E se a dona das maiores redes sociais como Instagram, Facebook e WhatsApp não monitorará mais nada, deixando tudo à mercê de quem posta, como se todos tivessem boa índole, é um caso muito sério e perigosíssimo.
Imaginem só: se nas eleições de 2018 e 2022 no Brasil foi marcada por ser um verdadeiro “ringue de lutas” de maneira bem desigual, com destilações de ódio para todos os lados e mentiras deslavadas, como imaginar o que pode ocorrer daqui para frente? Ou a tudo vai parar na justiça ou ficar por isso mesmo.
Mundo a fora, além dos Estados Unidos que elegeu um novo presidente, Donald Trump, assim como Elon Musk – dono do X (ex Twitter) e outras empresas bilionárias – acham que tudo pode ser dito porque é a famosa “liberdade”, mas mesmo que seja comprovadamente mentira? E a imagem destruída que fia após isso ocorrer, mesmo sendo inverdades? Depois que é feito o estrago, já era.
O que está acontecendo no Brasil é uma “amostra grátis” o ainda pode ocorrer bem pior. Tudo virou um grande fake news pelas redes sociais, a tal ponto que é tanta, parecendo a mais pura verdade, só que não é.
Parece que a materialização da frase “Uma mentira dita mil vezes torna-se verdade”, dita por Joseph Goebbels, ministro da propaganda na Alemanha Nazista. Tudo é propagado indiscriminadamente para benefício de um determinado grupo, em detrimento da maioria que é prejudicado, a população em geral. Ninguém mede as consequências que virão mis cedo ou mais tarde.
A extrema-direita, especialista número um desse tipo de notícias espalhadas sem nem ao menos analisando se tem alguma verdade, nada jornalística, quer mais é mostrar que tudo está péssimo e que pode piorar muito, levando à população a imaginar que eles seriam a solução para a suposta mudança, porém, quando chegam ao poder, fazem igual ou pior, prejudicando ainda mais o próprio povo que foi iludido com a chamadas “liberdade de expressão”, enfiada goela abaixo deles.
E o que fazer, então, para lidar com todo em imbróglio? Seria preciso desconfiar de tudo e de todos, em primeiro lugar, nesses tempos sombrios. Mesmo que algo parece extremamente uma notícia verdadeira, procurar fontes mais confiáveis da grande imprensa mais reconhecida é necessário. E não espalhar tudo que se vê é fundamental. Caso contrário, podemos virar “propagadores de mentiras”, querendo ou não.
Jean Carlos de Andrade, professor e comunicador, disse que “Uma mentira bem contada e repetida por diversas vezes, transforma-se em verdade, isso para quem acredita, até mesmo para aquele que conta!”. É tão elaborada que até quem conta acredita nela. É o que acontece com muita gente por aí que piamente repete o que ouviu, sem nem o menor pudor de checar
nem e modo mais elementar.
“Nem tudo que reluz é ouro. Nem sempre o melhor está ao alcance dos olhos. É preciso estar atento e aprender a perceber melhor as pessoas e o mundo à volta porque os diamantes não ficam na superfície e são o que de mais valioso há.”, disse Augusto Branco.
Nem sempre as pessoas irão mostrar toda a verdade nua e crua, à nossa frente, senão por interesse. Muitas vezes, a verdade pode estar escondida e não à mostra. Cabe a cada um de nós garimpar e descobrir o “diamante da verdade” em nosso dia a dia.
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Rofa Araujo é jornalista, escritor (cronista, contista e poeta), mestre em Estudos Literários (UERJ), professor, palestrante, filósofo e teólogo.