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Foto do escritorJornal Daki

A escrita como expressão e libertação

Poetizando a vida através das palavras, Wallace Guimarães compartilha sua trajetória e inspira outros jovens escritores


Wallace Guimarães - Foto: Divulgação
Wallace Guimarães - Foto: Divulgação

Wallace Guimarães, 29 anos, é um talento multifacetado do Rio de Janeiro. Escritor, poeta, artista visual e bailarino, ele encontrou na arte um refúgio e uma forma de expressão que transforma desafios em inspirações. Suas criações combinam literatura e movimento, refletindo a jornada de superação que ele viveu.


Desde cedo, Wallace mergulhou no mundo das palavras. Criado em uma comunidade sem acesso à internet até a adolescência, ele se dedicava à leitura de jornais, revistas e livros emprestados por vizinhos. Aos 12 anos, começou a escrever como uma maneira de canalizar seus sentimentos. “Eu apenas sentia e escrevia, tentando transformar emoções em palavras, mesmo sem muito conhecimento técnico”, relembra.


A infância de Wallace foi marcada por desafios. Durante sua juventude, lidou com questões como obesidade, bullying e inseguranças. Foi a escrita que lhe ofereceu uma válvula de escape, permitindo-lhe explorar sentimentos de uma maneira que, de outra forma, não conseguiria expressar. As poesias e cartas que escrevia para as meninas da escola se tornaram suas primeiras formas de conquista social, proporcionando-lhe a atenção que, até então, seu corpo não conseguia atrair. “A escrita foi o meu caminho para a superação”, reflete.



O reconhecimento e a busca por novos horizontes


Em 2021, Wallace alcançou um marco significativo em sua carreira ao ser reconhecido como um dos principais escritores e poetas da Zona Leste fluminense. Esse reconhecimento o colocou ao lado de nomes consagrados da literatura regional. Para Wallace, essa validação foi um estímulo vital, reforçando sua convicção de que as críticas, mesmo as mais construtivas, são oportunidades de aprendizado. “O importante é seguir aprendendo e persistir”, declara.


A literatura se tornou para Wallace mais do que uma válvula de escape; tornou-se um terreno fértil para explorar temas como amor, fé, cotidiano e arte. Ele evita temas mórbidos ou macabros, preferindo usar a escrita como um espaço de esperança e reflexão, onde o leitor pode encontrar luz, mesmo em meio à escuridão. Com um estilo único e reflexivo, Wallace se destaca como exemplo de como a paixão pela escrita pode ser transformadora. Sua trajetória demonstra que a arte literária não só tem o poder de modificar a vida do autor, mas também de tocar e inspirar outros, gerando diálogos que transcendem as páginas.


Wallace acredita que, mesmo na sociedade contemporânea, a crônica ainda tem seu espaço. “A crônica permite a reflexão, a crítica e o aprofundamento das questões cotidianas de uma maneira que outros gêneros nem sempre conseguem”, explica. Essa visão o aproxima da escrita de Machado de Assis, especialmente de sua famosa obra Bons Dias, que, para Wallace, define o espírito da crônica como uma reflexão profunda sobre o cotidiano e a alma humana.


Escrever, para Wallace, é um processo contínuo e fluido, que não depende de um espaço específico, mas da conexão emocional com o ambiente. Seus lugares favoritos para escrever são as cafeterias, que, além do conforto, proporcionam-lhe a liberdade criativa e as lembranças que o ajudam a florescer. “O cheiro e a atmosfera de um café me inspiram”, conta, com um sorriso no rosto.


Atualmente, Wallace está imerso na criação de seu livro de poesias, poemas e antipoemas, intitulado Esboço dos Seus Olhos. A obra promete ser uma reflexão profunda sobre as questões humanas e existenciais. Embora ainda não haja uma data para o lançamento, Wallace se dedica à obra com a certeza de que a escrita é sua verdadeira missão.


Com planos de continuar criando e compartilhando sua arte com o mundo, Wallace Guimarães é uma voz emergente na literatura brasileira, mostrando que a escrita é, antes de tudo, uma ferramenta poderosa de expressão e superação.


*Texto de Gabriela Sisto


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