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Foto do escritorJornal Daki

Fórum de Saúde Mental discute temas que abrangem o público LGBT


O evento teve a presença de usuários, familiares, estudantes e universitários


Na tarde desta segunda-feira (18) aconteceu o XIV Fórum Intersetorial para Ações em Saúde Mental/Álcool e outras Drogas, no auditório da UERJ-FFP, no Patronato, realizado pela Coordenação Municipal de Saúde Mental. O objetivo do encontro foi promover e discutir caminhos traçados na atenção integral e fortalecer o Programa de Saúde Mental do município de São Gonçalo, focando os assuntos que abrangem a população LGBT+, como a violência e as dificuldades encontradas no cotidiano, além de mostrar os serviços ofertados ao grupo.

Segundo a articuladora intersetorial e organizadora do Fórum, Kássia Rapella, o Fórum é um potente espaço para estreitar os laços com a rede, entender como está o cenário atual, além de ser um espaço formativo, porque sempre discutem temas demandados pelos participantes, necessários para qualificar a atenção nos diversos setores.

- É um espaço que colocamos como prioridade na nossa agenda porque a equipe do programa entende como primordial para o diálogo entre a rede, evitando que o usuário e os profissionais fiquem direcionando suas ações por tentativa e erro. Sabendo onde conseguimos atender a cada aspecto, avançamos no projeto ou plano de atendimento dos usuários, além de podermos oferecer informações corretas ao mesmo, que é o centro da atenção preconizado nas políticas públicas - explica.

O evento começou às 13h e contou com a participação de cerca de 80 pessoas, dentre elas usuários, familiares, estudantes, universitários e/ou interessados pelo tema. Na programação, houve uma conferência de abertura ministrada pelo professor Marco José Duarte, que veio de Juiz de Fora-MG, apresentar as normas e direitos da política nacional de atenção ao LBGT+. Logo após, uma mesa composta pelos representantes: Junior Braga, do centro de referência LGBTI; Eloá Rodrigues, do Grupo Diversidade Niterói, um dos mais antigos movimentos do Estado; e Stefani Brasil, ativista LGBT pelo grupo Diversidade Rua em São Gonçalo, sendo que esse dois últimos movimentos sociais ocorrem de forma independente.


O psicólogo e coordenador técnico do Centro de Referência LGBTI de São Gonçalo, Junior Braga, foi um dos palestrantes e explica a importância desse tema e o trabalho do programa que nesses 8 meses de existência já atendeu mais de 600 pessoas.

- É importante a discussão desse tema para mostrar à população seus direitos e poder sensibilizar a rede de atuação em são Gonçalo para que o atendimento a essa população seja um atendimento mais qualificado. Hoje apresentei o que é Centro LGBT, um equipamento de apoio e de promoção da cidadania LGBTI do município e divulguei alguns dos serviços que ofertamos, como atendimentos psicossocial, assessoria jurídica, acompanhamento e cadastro único - explica.

O intuito do Fórum é fortalecer a Rede de Atenção Psicossocial do município e o trabalho com os outros setores: assistência social, educação, justiça, segurança pública, entre outros, visando pensar ações e estratégias de cuidado aos usuários do programa, que circulam por vários pontos da rede.

A ativista LGBT pelo grupo Diversidade Rua, Stefani Brasil, que promove atividades culturais na cidade, principalmente em Alcântara, também explicou no encontro como é seu trabalho.

- Faço um trabalho com as trans e com os gays que estão se travestindo e indo para a rua trabalhar. Trabalho de madrugada nas ruas no Centro, Alcântara e Vista Alegre. Faço distribuição de preservativos, converso com eles sobre DST e agressores na rua, drogas, álcool. Além disso, temos um acompanhamento até os postos de saúde. O debate de hoje foi necessário para discutir sobre esses tema, como o tratamento hormonal com acompanhamento adequado. Do mesmo modo de como está sendo o acolhimento da população LGBT na sociedade atual. É importante mostrar que a população não está esquecida e que o município está tentando mudar e acolher o grupo LGBT - informa.

Além do Fórum, realizado de dois em dois meses, são realizadas quinzenalmente uma supervisão territorial com a supervisora do CAPS AD Gradim, Simone Delgado, onde compartilham experiências com a equipe do Programa e com a rede, já que o apoio é uma estratégia que pode ser utilizada por qualquer setor, em que tenha uma equipe com entraves e outra que possa ofertar apoio.

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