Evento celebra a mulher e a negritude na OAB São Gonçalo
- Jornal Daki
- 29 de mar. de 2019
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O evento contou com apresentação teatral e musical, abordando temas pertinentes às desigualdades racial e de gênero

O cantor e compositor Altay Veloso entregou as moções/Foto: Divulgação
Mais de 40 mulheres foram homenageadas, na noite desta quinta-feira (27), com a Moção de Aplausos Pérola Negra, na sede da Ordem dos Advogados do Brasil em São Gonçalo (OAB-SG), no Zé Garoto. O evento fez parte da agenda dos 21 Dias de Ativismo contra o Racismo e, também, das comemorações pelo mês da mulher.
- Nossa intenção é enaltecer mulheres que trabalham na promoção da igualdade de gênero na cidade. É uma luta árdua e que deve ser valorizada - ressalta Herimar Santana, presidente do Centro de Estudos Brasil África (Ceba) e da Comissão da Verdade sobre a Escravidão da OAB-SG.
O evento contou com apresentação teatral e musical, abordando temas pertinentes às desigualdades racial e de gênero. O cantor gonçalense Altay Veloso também realizou participação especial, dividindo histórias que emocionaram o público. A chefe de Gabinete de São Gonçalo, Eliane Gabriel, recebeu uma placa de homenagem pelo esforço na criação do Conselho Municipal de Igualdade Racial.
Após as apresentações, começaram a ser entregues as moções de aplausos. Dentre as homenageadas, estava Barbara Cristina de Souza, 48 anos, cabeleireira. Como tantas outras mulheres, a história dela não foi fácil, pois teve que enfrentar 23 anos de violência doméstica.
- Sofri muito durante meu casamento. Tudo só acabou após o divórcio. Hoje, vivo com meus dois filhos, de 23 e 17 anos. Consegui investir no ramo de beleza e hoje ministro um curso, gratuito para formar mulheres cabeleireiras. Gosto de passar minha história de superação para elas e mostrar que também são capazes - afirma.
Dentre as homenageadas, também estava a delegada titular da Delegacia de Atendimento à Mulher de São Gonçalo (Deam-SG), Debora Rodrigues, que participa diretamente no enfrentamento e combate à violência contra a mulher na cidade.
O evento foi organizado pelo Centro de Estudos Brasil África (Ceba), OAB-SG e grupo Dandaras para Sempre.