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Amor e esperança por São Gonçalo, por Marlos Costa



O Jornal Daki perguntou a Marlos Costa: São Gonçalo: Essa cidade tem jeito? E ele respondeu assim:

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Amar São Gonçalo é condição primeira para debater seus problemas.

Recebi e imediatamente aceitei convite do Jornal Daki para debater os problemas de São Gonçalo e propor soluções críveis para a nossa cidade. Aceitei o convite porque sou, acima de tudo, um entusiasta, um otimista irrecuperável quando se trata deste município.

Eu sou um exemplo vivo de que São Gonçalo, pode sim, plenamente se desenvolver e oferecer aos seus cidadãos um ambiente propício a uma melhor qualidade de vida. Sou de uma família de origem humilde como a maioria da população gonçalense, de classe média baixa, filho de mãe e de pai professores que sempre estimularam nosso crescimento através dos estudos, da educação.

Cresci num ambiente austero, mas amoroso, que me possibilitou estudar e passar no vestibular da UFRJ, para o curso de Direito, me formando 5 anos depois. Nesse meio tempo fiz o concurso para auditor do Tribunal de Contas do Estado (TCE) passando a fazer parte dos seus quadros assim que terminei a faculdade.

Faço essa breve biografia para afirmar que mesmo num ambiente de dificuldades é possível avançar, desde que se tenha apoio e um mínimo necessário de oportunidades. A minha vida e de minha família mudou para melhor porque tive acesso à educação e, mais do que isso, segurança para continuar, o que fez toda a diferença. Nada vai mudar em São Gonçalo se não fizermos investimentos de médio e longo prazos, principalmente investindo em educação e capacitação técnica para o trabalho. É isso que muda efetivamente e para sempre a vida das pessoas.

A minha experiência como secretário de Desenvolvimento Social aprofundou em mim o sentimento de otimismo com esta cidade, mesmo atuando numa área onde se vê e se constata o tão pobre e miserável pode ser a vida das pessoas, mas nunca cessa nelas a esperança. É nisso que me agarro para seguir: a esperança. Não algo abstrato e fugidio, mas na criação de condições concretas de superação dos problemas; de reprodução na coletividade do ambiente amoroso que tive em casa na minha infância e juventude.

Amar São Gonçalo não é fácil. O amor a esta cidade pode nos remeter a histórias improváveis como a Bela e a Fera dos estúdios Disney, baseado no conto de Jeanne-Marie LePrince de Beaumont, ou ao Corcunda de Notre Dame, de Victor Hugo. Amar, porém, não é fechar os olhos, é reconhecer as virtudes e limitações do ser amado, tornando o melhor para si mesmo e para nós. ‘Sem amor eu nada seria”, como já dizia o apóstolo Paulo em suas Cartas aos Coríntios. O amor a São Gonçalo, portanto, é condição primeira para falarmos de transporte, saúde, educação, segurança pública etc.

Marlos Costa foi vereador (2009-2016) e secretário de Desenvolvimento Social (2017-2018).

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