Ó-ésses da Saúde geram crise entre governo e vereadores de SG
A decisão do governo Nanci em contratar organizações sociais de direito privado para administrar os equipamentos de saúde em São Gonçalo gerou uma crise de confiança entre os vereadores da base e mais um pretexto para a oposição cair em cima da administração municipal.
O vereador governista, vice-presidente da Câmara e presidente da Comissão de Saúde da Casa, Lecinho Breda (PMDB), apresentou aos seus colegas, na semana passada, requerimento de informação à prefeitura sobre as OS´s que assumiram a gestão do Pronto Socorro Central (PSC) e o serviços do NASF e do SAD. Lecinho quer a cópia dos contratos, que custarão aos cofres públicos mais de R$ 50 milhões por ano.
Em vez de protocolar o requerimento na Mesa Diretora sem passar pelo Plenário, Lecinho preferiu criar um fato político e colocar o documento em votação, trazendo à contragosto seus colegas para o centro do debate e, assim, criando um mal-estar geral entre os parlamentares, que teve o seu ápice na sessão da última terça, 15.
Requerimentos de informação que passam por votação em plenário têm mais força regimental.
Apelando a uma curiosa ética, Lecinho não colocou o requerimento em votação - como é seu direito fazê-lo como vice-presidente - por conta da ausência do presidente da Casa, Diney Marins que, segundo o vereador, deveria incluir o documento na pauta dos trabalhos de terça-feira, e não o fez.
As insinuações e desconfianças de lado a lado pairaram no ar, e sobrou principalmente para o líder do governo na Câmara, José Carlos Vicente (PSL) e, claro, para o prefeito José Luiz Nanci.
O vereador Alexandre Gomes (PSB), que é vice-líder do governo, aproveitou a situação de mal-estar para destilar toda a sua mágoa contra Vicente, ao qual acusou de não cumprir com as suas obrigações de líder em defesa do governo. "Às vezes extrapolo e atropelo minhas funções de vice-líder porque o líder (Vicente) se omite", reclamou Gomes.
Vicente estava ausente da sessão.
Eduardo Gordo (PMDB), dentre bravatas e declarações polêmicas, como é do seu feitio, voltou-se à metáfora do 'leitinho' e disse não querer acreditar que as OS´s serão a 'vaca leiteira' da vez, como foram as empresas de transportes e de iluminação pública num passado recente. Por isso ratificou o requerimento de Lecinho e pediu o compartilhamento das informações com outros vereadores.
E Sandro Almeida (PHS), sentado em sua cadeira, apenas sorriu.
Gostou? Curta a página Daki no facebook aqui e fique bem informado.