Alcântara é um problema irresolvível de São Gonçalo
O centro comercial do Alcântara é uma zona. É sujo demais, fede demais e apenas uma intervenção ali com pulso forte e muito dinheiro pode, quem sabe, amenizar alguma coisa.
O jornal O Fluminense publicou no dia 31/03 mais uma de trocentas matérias sobre o caos instalado no bairro que mais gera recursos para o município. Diz o periódico, com informações da Associação Comercial e Industrial, que atualmente 70 lojas cerraram as portas e os prejuízos do comércio em geral chega a R$ 500 milhões por ano.
Não é segredo para ninguém as relações promíscuas entre a secretaria de Posturas e os ambulantes. 'Molhar a mão' dos fiscais é uma regra e a condição espacial caótica do bairro favorece toda sorte de transgressão entre o órgão fiscalizador e a informalidade, em detrimento das empresas regularmente instaladas.
Apenas, e somente apenas, uma intervenção urbanística radical mudaria essa realidade num espaço já estrangulado.
Timidamente, geógrafos, arquitetos e e alguns políticos estudam a criação de um novo desenho urbanístico para aquela região, e isso passaria necessariamente pela demolição do viaduto para abrir e regular novos espaços de convivência, inclusive comercial, absorvendo os trabalhadores informais da famosa e não menos caótica Rua da Feira.
Os defensores dessa medida alegam que o fluxo de automóveis no viaduto é pequeno, e a relação custo-benefício com sua derrubada é extremamente positiva para o bairro e o município em geral. No lugar do viaduto poderiam ser construídas praças e um centro comercial popular. Só a partir disso será possível reordenar o espaço urbano.
Pode e deve existir outras propostas, outras soluções para o Alcântara. Mas sem uma intervenção urbanística radical no bairro é trabalho eterno de 'enxugação' de gelo.
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