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Foto do escritorJornal Daki

Marlos: Zé buscará montar um governo com perfil técnico



O vereador Marlos Costa (PSB), candidato a prefeito no 1º turno, recebeu 41.145 dos gonçalenses e, definitivamente, depois de quase 8 anos como parlamentar, sai da disputa como força política consolidada na cidade. "Nós entendemos o resultado como o início do fim de um ciclo político no município, que ficou simbolizado na votação expressiva em nossa candidatura e na derrota do atual prefeito", disse Marlos.

O parlamentar, que teve atuação de destaque na Câmara, sendo um dos campeões de projetos e de leis aprovados e sancionados em toda a sua história, foi convidado pelo candidato José Luiz Nanci, que disputa o 2º turno em São Gonçalo, a compor seu eventual governo à frente da Secretaria de Desenvolvimento Social. "Será um desafio enorme, do tamanho da cidade. Aceitei a missão com humildade porque é uma das pastas mais importantes da administração levando em conta o perfil da população", narrou Marlos Costa.

O Jornal Daki conseguiu uma brecha na agenda lotada do Marlos entre uma caminhada e outra com José Luiz Nanci para fazer esse bate-papo que você lê a seguir.

Como você avalia, de um modo geral, a sua campanha no 1º turno?

Foi uma campanha duríssima. Fomos na cara e na coragem, com gana de vitória, mesmo com escassos recursos financeiros. Não utilizamos militância paga, todos que marcharam ao nosso lado o fizeram por acreditar em nosso projeto de transformação da cidade. O meu partido, o PSB, nos deu total apoio, e quero destacar a presença enriquecedora do nosso companheiro Joilson Cardoso, secretário nacional do partido, que nas horas mais difíceis sempre nos estimulou a seguir o nosso caminho com firmeza e esperança.

No mais, acredito que a contrarreforma política está equivocada, a começar pelo tempo de campanha que é muito curto para o eleitor conhecer com profundidade as propostas dos candidatos que, no caso de São Gonçalo, foram 9. E também devemos trabalhar para uma legislação mais severa em relação aos institutos de pesquisa. A nossa campanha foi muito prejudicada por conta de pesquisas claramente manipuladas.

O que esperar desse 2º turno?

O 2º turno é o momento do eleitor conhecer melhor os candidatos e suas propostas. É um clichê, mas é exatamente isso. E também é o momento onde se monta um esboço de como será um futuro governo. O Zé (Luiz Nanci) optou por procurar apoio e fazer alianças com o que ele considerou mais 'arejado' no quadro político da cidade, caras novas e propostas novas para resolver problemas mais do que antigos do município. Para isso, ele fez ajustes e aperfeiçoou o seu programa de governo coerente com esse sentimento de mudança real que ele nutre e que vai colocar em prática como prefeito.

Foi uma opção. Assim como o outro candidato optou por alianças com um espectro político mais tradicional e que de uma forma ou de outra está no poder há anos, se não décadas em São Gonçalo.

A disputa está e será acirrada até o último momento. Mas no final eu acredito que o Zé conseguirá passar a sua mensagem de esperança e de mudança para os gonçalenses.

Como ocorreu a sua aproximação com o Nanci?

Assim que saiu o resultado do 1º turno, liguei para o Zé para parabenizá-lo. Imediatamente ele me convida para conversarmos naquela mesma semana em sua casa. Fizemos uma ampla avaliação do momento político em nossa cidade, dos desafios que serão muitos num quadro de crise econômica no estado e no país que tende a se agravar. Ele me disse que por conta disso, iria precisar ter ao seu lado gestores com perfil mais técnico, que entendam de gestão pública e que tenham compromisso com a cidade.

Foi aí que veio o convite para que eu assumisse a responsabilidade de gerir a área social de seu governo.

A cidade tem jeito?

Claro que tem. Vivemos eu e minha família aqui. Não temos a menor vontade de mudar porque a cidade tem uma virtude maravilhosa que é o seu povo. Temos que cultivar mais esse sentimento de pertencimento devolvendo a cidade aos gonçalenses. Tem muito trabalho pela frente, mas é isso que me estimula.

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