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Foto do escritorJornal Daki

Eleitor é induzido a votar num Brizola que ninguém sabe, e numa Panisset que ninguém viu



O que fazer com dois candidatos desconhecidos porém com sobrenomes poderosos? Ora, tasca na campanha os sobrenomes, reforça-os com um jingle popular e de preferência resgate os bordões que fizeram sucesso no passado entre os eleitores.

Pronto. Aí está a fórmula encontrada pelos marqueteiros do PDT para (re)introduzir no imaginário do eleitorado gonçalense a figura mítica de Leonel de Moura Brizola, morto em 2004, e a inegável força política da ex-prefeita Aparecida Panisset, impossibilitada de concorrer às eleições devido a diversos sanhaços com a Justiça da época em que governava a cidade.

Carlos Dautz Brizola (o Brizola Neto) e Marilena Panisset são candidatos a prefeito e a vice respectivamente. O primeiro é gaúcho e fez toda a carreira política na cidade do Rio de Janeiro. Marilena é irmã da ex-prefeita, e foi secretária de políticas estratégicas do seu governo até 2012. Dois ilustres desconhecidos do povão, portanto.

A estratégia de atingir em cheio a memória afetiva dos gonçalenses com os dois ícones da política parece mostrar resultados para os seus parentes desconhecidos. Segundo levantamento recente de dois institutos de pesquisa, Brizola Neto oscila entre 5,6% e 6,3%, ficando em quinto lugar num universo de 9 candidatos. Não é pouca coisa.

Para o cientista político Helcio Albano, esse tipo de artifício é manjado, primário e até desonesto, mas eficiente: "Existem três grandes grupos de eleitores: os que acompanham de perto a política, os que só prestam atenção na época da eleição e os que não estão nem aí que, infelizmente, é maioria. É nesse último grupo que a mensagem subliminar da campanha mais penetra através da memória afetiva. O ato de votar está longe de ser uma escolha racional. O eleitor é induzido, então, a votar num Brizola que ninguém sabe, e numa Panisset que ninguém viu", afirma Albano.

Como o velho Brizola está morto de fato, as caminhadas de campanha têm a onipresença de Aparecida Panisset, onde Brizola Neto é mero coadjuvante. Marilena, nem isso, é figurante. Resta saber se, com essa estratégia, vai dar 'Brizola na cabeça'.

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