Pasmem, senhores! Achei pelo em ovo
Queridos amigos e amigas gonçalenses. O assunto predominante na última semana foi a aquisição de ovo caipira pela prefeitura por 10 reais a dúzia. 4 mil dúzias, para ser exato. Pausa para rir. Ou para chorar, porque é dinheiro meu, seu, nosso, novamente sendo mal usado pelo prefeito e sua turma da secretaria de educação, que tem uma vocação compulsiva para se meter em escândalos um atrás do outro. Mas a coisa não para nos ovos de ouro.
Todos nós sabemos da dificuldade que o prefeito tem em fazer o que é certo, e dessa vez não foi diferente. A lei federal 11.947/2009 exige que 30% dos recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) sejam usados na aquisição de produtos hortifrutigranjeiros da agricultura familiar LOCAL para serem consumidos na merenda dos estudantes da rede municipal. Ocorre que a prefeitura ignorou quase que completamente os produtores locais para comprar de empresas de fora da cidade, mas precisamente de cooperativas de Araruama e de Minas Gerais. Minas Gerais, senhoras e senhores!
Para quem deveria buscar o desenvolvimento do município isso é no mínimo uma contradição. Dos 1 milhão e meio de verba empenhada para comprar os produtos da merenda, as empresas ‘forasteiras’ abocanharam mais de 1 milhão e 400 mil reais. A cooperativa agrícola e de pesca Iramaia, aqui de São Gonçalo, entrou apenas com o fornecimento de mel, num valor total de 43 mil reais. Será que o prefeito, que é de Monjolos, não sabe que na sua região existe uma fazenda, que produz desde alface, inhame, batata-doce, banana e até ovos de granja ou caipira? Será que da terra de Monjolos não dá coisa boa, prefeito?
Diante desses acontecimentos não me resta outra saída senão procurar o Ministério Público. Porque da terra da prefeitura, não nasce nenhum pé de informação.
Alexandre Gomes é vereador
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