Educação: esculhambação sem limites
Chamou atenção a matéria do bravo jornal niteroiense, A Tribuna, sobre uma escola (Ciep) abandonado em Neves.
Sim, uma escola abandonada. Uma escola abandonada é um sintoma grave de desleixo e descaso com o presente e o futuro dos nossos jovens. Mas para que escolas se podemos trancafiá-las em presídios, certo?
PS: Não achamos o link para a matéria e os devidos créditos.
Lei matéria.
Livros rasgados, salas sujas e uma piscina infestada de larvas, esta é a realidade do Ciep Chanceller Willy Brandt, no bairro de Neves, em São Gonçalo. Como se a situação de abandono não fosse o suficiente, relatos de pessoas que passam pelo local dizem que o prédio, que era para ser usado por crianças e adolescentes, foi tomado por usuários de drogas, o que tornou perigosa a passagem pela frente do colégio. O Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (Sepe) da cidade afirma que caso o Brizolão funcionasse poderia atender a 900 alunos, sem deixá-los apertados.
Há anos abandonado, o Colégio foi municipalizado pela Prefeitura. A diretora do Sepe, Maria Beatriz Lugão Rios lembra que o abandono é uma realidade da educação pública. “É uma situação de conflito, pois precisa-se de escolas, mas o governo está indo na contramão, fechando unidades, tanto municipais quanto estaduais. Na Rua Doutor March, duas escolas estaduais foram fechadas, então a região está carente de unidades educacionais”, relatou.
Lugão ressaltou que a estrutura do prédio foi desenvolvida exclusivamente para receber uma escola e como há piscina e outros diferenciais é um prejuízo para a população que o espaço permaneça abandonado e fechado. “É um prédio público em uma clara situação de abandono. Funcionando em turno único ela atende cerca de 600 alunos, em dois turnos 900, podendo chegar a 1.300. Mas há outros Cieps que foram municipalizados, como no Jardim Catarina, que está bem precária a situação. Precisa haver uma atenção com a educação em São Gonçalo”, destacou a diretora.
Além de não estar recebendo cerca de 1.000 alunos, o prédio virou dormitório de usuários de drogas. Somado a falta de iluminação na Rua José Aparecido dos Santos, o local passou a ficar deserto. Algumas pessoas se arriscam a passar pela via apenas em grupos e sempre com a atenção redobrada. Há também o caso de saúde pública, já que como todo o prédio, a piscina também está abandonada, virando um criadouro de larvas de mosquito.
Em nota, a prefeitura informou o Ciep foi municipalizado em janeiro de 2006, mas no final do ano passado devolveu ao Estado. A prefeitura esclareceu que desde o ano passado realiza ações na região e que apesar de ter acabado com uma cracolândia, usuários se escondem no prédio do colégio. Até o fechamento desta edição, o Estado não se pronunciou.
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