Como resolver o caos da saúde pública em São Gonçalo?
Nos dias 17 e 18 de abril a Secretaria de Saúde de São Gonçalo realizou, num acanhado Teatro Carequinha, sua 8ª Conferência Municipal de Saúde, que contou com as presenças do Conselho da área, Comissão de Saúde da Câmara e usuários dos serviços.
O grande desafio da gestão, segundo o secretário e presidente da Fundação de Saúde, Dimas Gadelha, é a valoriazação da atenção básica (saúde da família) e a humanização do atendimento. "Sabemos das nossas limitações, o município é pobre, mas buscamos ser criativos em buscas de parcerias. O Pronto Socorro de São Gonçalo é o único hospital de emergência da região com porta aberta e vaga zero. Não podemos ficar no modelo 'hospitalocêntrico'. Devemos fortalecer a atenção básica grantindo ser a porta de entrada do sistema", disse Gadelha, que um dia antes foi prestar informações ao Ministério Público sobre a situação da saúde no município.
Roseli Constantino, secretária de Administração, pontuou os investimentos do Ministério da Saúde em São Gonçalo, na construção e reforma de unidades de atendimento, e informou que os PAM's do Coelho e de Neves estão em processo de licitação para as reformas necessárias. Recentemente, matéria do Fantástico denunciou as péssimas condições do PAM do Coelho. Constantino também revelou a estratégia de unidades de "retaguarda" para desafogar o tempo de espera nos leitos do Pronto Socorro Central.
Josildo Rodrigues, presidente do Conselho Municipal de Educação, que tem membros do governo e sociedade civil, acredita na reorganização da rede que já existe e aposta também nas estratégias de retaguarda como alternativa ao Pronto Socorro. "Às vezes a rede não precisa ser aumentada, mas sim reorganizada" disse Rodrigues.
As conferências de saúde são uma exigência do SUS para o aperfeiçoamento do sistema via controle social. O município de São Gonçalo recebe todos os anos do Ministério da Saúde um valor em torno de R$ 270 milhões para atender a população.
Com TV Win