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Foto do escritorJornal Daki

Por que a Ampla faz o que faz em SG?



Chuvas fortes seguidas por interrupções temporárias de enegia no verão são comuns e às vezes até necessárias para a integridade da rede elétrica que já possui sistemas de segurança que desligam automaticamente quando preciso. O sistema pode ser religado da própria central de comando da concessionária de energia ou manualmente na localidade onde houve queda de luz. Nesse segundo caso, o que explica a concessionária demorar até cinco dias para fazer a religação?

É a pergunta que moradores de diversos bairros de São Gonçalo fazem à Ampla, empresa que detém os direitos de exploração dos serviços de fornecimento de energia na cidade. “Quase toda semana recebemos reclamações de moradores sobre os péssimos serviços que são prestados. Eles estão tratando os consumidores gonçalenses como se estivessem fazendo um favor. Não podemos ser tratados assim”, disse o vereador Marlos Costa (PT), que é o presidente da Comissão de Defesa do Consumidor na Câmara.

Marlos, junto a outros parlamentares, fará essa mesma pergunta ao Ministério Público e à Ordem do Advogados do Brasil. Em Guaxindiba, só após um forte protesto a Ampla se mexeu para resolver o problema que neste caso era a troca de um simples tranformador em um dos postes.

O vereador Ricardo Pericar (SDD), conhecido pelo bordão “Fora Ampla”, e que já foi processado pela empresa pedindo à Justiça para não ser mais citada pelo parlamentar, acredita que a opção por maximizar os lucros prejudica a manutenção e a boa prestação de serviços à população: “Esses problemas ainda são mais graves nas comunidades pobres. A Aneel é omissa e o governo do estado pouco faz para acabar com os abusos, resta-nos acionar a Justiça”, afirma Pericar.

Já para o vereador Marco Rodrigues (PSD), a Ampla peca por falta de planejamento e investimento em infraestrura: "Todos nós sabemos que nessa época do ano aumenta-se o consumo de energia, além das chuvas fortes que podem interromper o abastecimento. Mas a infraestrutura da rede é a mesma de há trinta anos, e para nossa surpresa ainda existem postes de madeira. Não existe investimento. Precisamos cobrar das agências reguladoras e dos governos planejamento, organização, eficiência e investimento", observa Rodrigues, que também foi vítima da queda de energia durante 24 horas no feriadão do Carnaval.


VEREADOR COBRA EXPLICAÇÕES DE EMPRESA

Depois de percorrer a cidade e verificar os danos causados pelo forte temporal que castigou São Gonçalo no final da tarde de terça-feira, o presidente da Comissão do Meio Ambiente da Câmara Municipal, vereador Alexandre Gomes, solicitou uma reunião em caráter dCom planejamento, organização, eficiência, investimentoe urgência com o diretor institucional da Ampla, Guilherme Brasil. O encontro deve acontecer na próxima semana e tem como objetivo cobrar da empresa medidas para evitar a falta de energia na cidade.

“É um absurdo a população ficar até três dias sem energia em suas casas. Sabemos que temos o desastre natural, mas algumas ações podem ser tomadas para amenizar o problema, como por exemplo, a poda das árvores que estão misturadas à rede elétrica. Também vamos cobrar da empresa uma revisão geral na rede que abastece São Gonçalo. Técnicos da empresa nos contaram que a rede precisa de revisão e manutenção urgente”,disse.

Além da Ampla, o presidente da comissão também solicitará uma reunião com os técnicos da subsecretaria municipal de Parques e Jardins. “Tivemos inumeros casos de arvores que cairam na cidade”, revelou.

Nos bairros do Centro, Mutondo, Porto da Pedra, Camarão, Jardim Catarina, Boaçu, Venda da Cruz, Engenho Pequeno entre outros foram registradas várias quedas de árvores. “Nem a Praça do Zé Garoto escapou da ação dos fortes ventos. No local existem árvores centenárias, que precisam de poda constante”, disse o vereador.

Atualizado em 23/02 às 15:19 hs

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